Cresci com a MPB. Ouvia nas estradas e nas rotinas da casa, das comemorações, das conversas em família. Devo aos meus pais o meu gosto musical (e não só). Eles me iniciaram com Chico Buarque, Milton Nascimento, Maria Betânia, Família Caymmi, Nara Leão, Elis Regina e tantos outros. Confesso que até uma certa idade, achava tudo muito chato, mas os tinha como base da música e todos estavam permanentemente em minha mente e ouvidos. Tanto estavam, que minha canção preferida aos 10 anos, afiada na ponta da língua, era “João e Maria”: “Agora eu era herói, e meu cavalo só falava inglês…”
E tanto já gostava, que hoje a maioria das músicas que ouço é brasileira. Coincidência ou não, meus cantores prediletos são alguns dos descritos acima, sem contar, é claro, com a “nova geração”.
O tema deste post é exatamente sobre uma das vozes da “modernidade” verde-amarela: Marisa Monte. A única coisa que posso reclamar da cantora é o fato de ela não fazer muitos shows, ainda mais em nossa pacata cidade. Mas em 2007, foi inesquecível a apresentação de Marisa no palco capixaba. Simplesmente, deslumbrante! E impressionante como eu realmente consigo me sentir em paz quando a ouço. Não é só a leveza e meiguice da voz, como também seu repertório suuuuper romântico que já marcou diversos momentos dos meus anos vividos.
“E eu que pensava que não ia me apaixonar/Nunca mais na vida”
“Give me love/Give me peace on earth/Give me light/Give me life/Keep me free from birth/Give me hope/
Help me cope, with this heavy load/Trying to, touch and reach you with, heart and soul”
“O mundo é portátil/Pra quem não tem nada a esconder/Olha minha cara/É só mistério, não tem segredo”
Como não poderia deixar de ter, minha preferida: “Sem botão, no tempo, no topo, no chão/em cada escada, a caminhada, (a pé) de caminhão/Seu horário nunca é cedo aonde estou/e quando escondo a minha olheira (é pra) colher amor/Sala sem ela tem janela inclina, em cerca de atenção/Ela vem, e ninguém mais/Ela vem em minha direção”